April 30, 2009

.[nao me suporto neste momento]

nao me suporto neste momento.
o peso dos ossos moídos
em dentes reluzentes
poli-qualquer-tungsténio.

inventam-se tácticas de guerrilha
para tentar sobreviver
sem atrapalhação, ao cobarde ataque
à tua sinceridade.

posto isso, tira-se tudo.
confiança.
um edifício minado, sem escombros.
papel queimado.

faz-se merda e dói tanto.
que desilusão ao abater o inimigo errado.
não se esquece,
quando se mata um menino.

April 29, 2009

.para a ana

vivo numa canção ausente
na insubstâcia desértica do trópico
a norte a revolta do branco
contra espingardas erguidas
na imensidão das areias magrebinas

de noite enquanto curo do sangue
olho de ti e dos teus cabelos
da cor do céu nocturno
coração aberto.
aberto.

repetição de inconstância.
constância no gostar.
sinto-me leve no teu sorriso nervoso.
juvenil-pateta porque me dizes olá
fugidiamente.

de novo, aprendi quem sou
à espera de um homem que nunca fui.
nunca fui muito de esperas indizíveis.
de coisas de protocolo burguês.

a dor do carro contra o peito.
cada vez que ausculto a tua não-presença.
é bom. isto aqui,
que te ofereço.
que recuperaste.

April 26, 2009

April 21, 2009

April 12, 2009

uma sombra fugidia
segredos suspensos, prenhes de dor
a Oblação em choros mudos.

não existem só cortes fundos
em funéreas existências
laminares luzes. orvalhos enxutos.

não olhes assim para os temores que
te assombram e destroem
estarão presentes sempre sem ópio

engasgas-te na incerteza de que não
[há amanhã sem nós.
sono taciturno perturbado revelador
de inconstância.

sexo forte. luzidio. espelhado
na maresia fétida.
em Lisboa há espaço para amor
curto. sem nós.

April 8, 2009

out.ra - 17.04.2009

www.myspace.com/skaterseuropeantour
www.out-ra.blogspot.com