May 24, 2013

.multidões

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tantas são as multidões. angustiosamente sós. um sol para ninguém. um chão sem ter quem o calque. a luz que flecte em voo picado, para nada. uma tanta luz para tantas coisas e tamanha gente.

lisboa, novembro - 2012

May 21, 2013

.outono

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outono em lisboa.

seria aproximadamente final de novembro. fazia um vento ameno. por vezes frio. o sol, baixinho. apetecia-me gelado e um beijo. teu. só teu.
esta é a minha memória.

May 2, 2013

.poesia musicada [cardinal] 025

poesia musicada [cardinal] 025
Nara Leão - Soneto (letra de Chico Buarque de Hollanda)

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Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo

Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio


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